Adoção
Adoção é o processo de acolher, afetiva e legalmente,
uma criança ou adolescente que seja percebido e sentido como verdadeiro
um filho. O filho adotado, gerado por outra pessoa, passa a ocupar no
universo afetivo e familiar do adotante o lugar de filho legítimo.
Adotar
não é um gesto de caridade - apesar de fazer bem a todos os envolvidos
nela - quem o faz é por desejo de ser pai e mãe, por vontade de se ter
um filho. O amor que existe e experimentado entre as pessoas envolvidas
na adoção é igual àquele sentido por parentes consanguíneos, mas ainda
podemos acrescentar na relação de adoção alguns requintes de
consciência, pois os pais adotivos, quando têm seus filhos, vão em busca
deles com consciência de que os querem e não se trata de "um golpe do
destino", de uma gravidez indesejada. É a busca por seu filho tão
desejado.
Todo vínculo de amor é conquistado pela convivência e pelo respeito e não pela herança genética.
Schettini
(1998) diz que “a adoção afetiva é a verdadeira relação parental. Não
existem filhos, verdadeiramente filhos, que não sejam adotivos”. Até um
filho biológico precisa ser adotado pelos pais para tornar-se verdadeiro
filho.
“Todos os filhos são biológicos e
todos os filhos são adotivos. Biológicos, porque essa é a única maneira
de existirmos concreta e objetivamente; adotivos, porque é a única forma
de sermos verdadeiramente filhos”. (FILHO apud NASCIMENTO et al, 2006)
A
criança que tem pais falecidos, desaparecidos, desinteressados das
funções e responsabilidades parentais, inaptos a assegurar seus direitos
e que perdeu o poder familiar decretado em forma de processo regular
pelo Juiz, é inserida na família substituta de maneira definitiva e
legítima, assume os mesmos direitos de um filho biológico. A adoção cria
um elo irrevogável parental civil e imutável entre as partes
envolvidas. A certidão de nascimento é substituída por outra, com uma
nova relação de filiação que proporcionará ao adotado gozar de idênticos
direitos que possuam os eventuais filhos biológicos do adotante.
Por Cintia Liana
Referência:
NASCIMENTO, Roberta et al. O processo de Adoção no Ciclo Vital. Disponível em: . Acesso em 17 de fevereiro de 2007.
SCHETTINI, Luiz. Compreendendo o filho adotivo. 3. Ed. Recife: Edições Bagaço, 1998.
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