DIA NACIONAL DA ADOÇÃO
Adotar é um ato de amor
25 DE MAIO DIA NACIONAL DA ADOÇÃO
No dia 25 de maio é comemorado o dia da adoção, criado em 1996 no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.
A adoção é uma realidade social que se concretiza
através de ato jurídico, que “cria entre duas pessoas vínculo de
parentesco semelhante à paternidade e filiação”.
Muitas pessoas que não puderam ter filhos encontram
filhos que não possuem pais, que foram abandonados e recolhidos por
orfanatos e outras instituições. Mas existem outros casos, como de
pessoas que querem ajudar, cumprir seu papel social diante de uma
sociedade injusta, que não oferece as mesmas oportunidades de vida para
todos.
O processo de adoção não é fácil. As pessoas
interessadas nas crianças ou adolescentes devem apresentar uma
documentação sobre suas condições de vida, para garantir que a pessoa
adotada terá conforto e segurança, que irá ser bem tratada e receberá
dos pais adotivos amor, carinho e atenção.
Porém, existem vários mitos sobre a adoção, que
muitas vezes prejudicam que pessoas se interessem em criar e educar uma
criança ou jovem que não tenha laços consanguíneos.
- Dizer que toda criança adotada é problema é um
erro. A criança aprende aquilo que vivencia e quanto mais nova for
adotada, mais terá chances de se adaptar ao modelo familiar em que vive.
- Tentar esconder da criança que a mesma é adotada
também é um erro, pois é melhor manter uma relação aberta e livre de
qualquer tipo de preconceito.
- Crianças com cor de pele diferente da família não
são discriminadas ou recebem tratamento diferente de outras pessoas da
família. Isso pode ocorrer nos meios sociais em que a família frequenta.
- Filhos adotivos não têm dificuldade em amar seus
pais (adotivos), pelo contrário, revelam-se atenciosos e carinhosos com
os mesmos, mas isso depende da forma como são tratados.
- Os filhos adotivos não ficam lembrando-se de sua
família de origem. Pelo contrário do que se imagina, se as relações
familiares não eram boas, se houve abandono, o vínculo afetivo não foi
construído de forma positiva, portanto não provoca boas lembranças.
Hoje em dia temos visto uma série de artistas famosos
mantendo a atitude de adotar crianças, tentando cumprir seu papel
social, numa demonstração de afeto e de entrega às crianças carentes. A
grande revelação é o casal Brad Pitt e Angelina Jolie que já está no
terceiro filho adotivo, mesmo podendo ter seus filhos consanguíneos, que
também somam três. A cantora Madonna também é um exemplo disso, nos
últimos anos também manteve a atitude de adotar, mesmo tendo tido dois
filhos próprios.
Com a constituição de 1988, ficou determinado que “os
filhos adotivos terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas
quaisquer designação de discriminação relativa à filiação”, ou seja,
filhos adotivos e consanguíneos terão os mesmos direitos.
Para inserir a criança ou adolescente em família
substituta é necessário passar por algumas etapas: a guarda, onde
coloca-se o sujeito a ser adotado na família, onde os pais devem ter a
responsabilidade de prestar assistência material, moral e educacional; a
tutela, feita através das entidades públicas, a fim de proteger a
criança ou jovem, cuidando de seus interesses, acompanhando todos os
atos da família com o mesmo e vice-versa; a adoção, formalizada em ato
jurídico, onde forma-se um vínculo fictício de filiação, que mais tarde
deverá tornar-se verdadeiro.
Num pequeno trecho do livro “Você não está só”, de
George Dolan, o amor que nasce entre a família e o adotado fica bem
caracterizado, na fala de crianças que conversam sobre adoção, após
terem visto numa fotografia, um menino com os cabelos de cor diferente.
Uma delas diz que a criança diferente pode ter sido adotada e, quando
questionada por outra sobre o que é isso, responde: “- quer dizer que
você cresce no coração da mãe, em vez de crescer na barriga.”
Assim, podemos dizer que a adoção é um ato de entrega e de amor!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
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